"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes que aqui caleidoscopicamente registro." Clarice Lispector


quarta-feira, 19 de março de 2014

In Out.

 
Há momentos (incríveis e imprescindíveis) em que você sabe quem está em sua vida e quem não.

Para quem está: toda a minha força, a minha energia, o meu amor, enfim, toda a minha pessoa.

Para quem não, é simples: nada.

terça-feira, 11 de março de 2014

Correntes.



As correntes que te aprisionam te arrastam pela vida. Ainda, nesta altura, não encontrei a chave para a libertação. 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Um ano.



Um ano sem escrever.

A vida cada vez mais louca, mais corrida, mais clichê.

Tanto aconteceu neste um ano. E apesar disso os problemas parecem os mesmos de sempre, as neuras de sempre, tudo de sempre. Mas sabe que passando os olhos rapidamente nos últimos posts do blog eu percebi que nao é bem assim?

Bora continuar vivendo!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Foco. Foco?























Louca louca louca
Difícil trabalhar, não me concentro, impossível ter foco quanto mais mante-lo.
Muito simples, só depende de mim. Começo o meu trabalho e simplesmente TRABALHO. Não, não funciona assim.
Vontade de gritar.... AHHHHHHHHHHH

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A Mulher Paulistana.
























Existem mais de cem tons de cores. Mas prefere o preto.

Cítricas?

Só quando vai à praia.

...E costuma cobrir suas pernas esticadas, finas, com meias pretas.

Usa botas. Não existe mulher que se veste melhor do que as paulistas. E que saiba qual bota escolher e como andar sobre elas.

Sabe o equilíbrio entre o moderno e o convencional. Senso estético apurado. Dona do seu próprio estilo.

A paulista não anda, caminha apressada. Vem e passa. Sem balanço. Sem mar para ir atrás. Moça do corpo pálido. Saturado pela pressa. Beleza que passa sozinha.

Não faz questão de chamar atenção.

Nem tanta questão de ser gostosa, mas magra.

Sempre de dieta.

Sempre em guerra contra a balança.

Malha para se afunilar. Intensamente, pois sabe que a gastronomia da cidade é uma tentação. Massas, pizzas, doces, sorvetes, doces, nhá benta, tesão…

Academia?

Prefere pilates, que estica até o limite das juntas, quase rasga em duas.

E corre, se quer emagrecer urgentemente.

Olhando o chão, pois já tomou muitos tombos por causa das calçadas irregulares da cidade, uma anarquia de desníveis, pedras, buracos, pisos sem um padrão seguro para o seu caminhar apressado de botas, meias e pernas finas.

Rebolar?

Fora de questão.

Olha para o chão e se lembra do que esqueceu, do quanto falta, do que faz falta, do que está errado.

A garota de São Paulo é perfeccionista, gosta de estar ajustada, como as engrenagens de uma indústria. Quer a precisão da esteira de uma linha de montagem.

Passa e olha para o chão, pois pensa nas atividades, nos prazos atrasados, nos compromissos da semana, na agenda do mês.

A garota de São Paulo leva uma vida saudável. Procura comer verduras sem agrotóxico.

Leite?

Desnatado.

Carne vermelha?

Eventualmente.

Carboidrato à noite?

Nem pensar.

O pão tem que ser integral. Linhaça e aveia no café da manhã? Obrigação. Café descafeinado. Chás. Queijos brancos, magros.

Nada industrializado, a não ser a caixa de Bis, que detona algumas vezes em certos períodos, que por vezes tem o intervalo longo, mas quando se torna um vício, chora, porque algo deu errado, desembrulha e engole cada Bis, como se nele a explicação das incoerências.

Recicla o lixo.

Toma remédios para dormir. Toma excitantes para acordar. E aguentar a jornada.

Ela é ambiciosa, trabalha demais, em mais de um emprego, pensa em dez coisas ao mesmo tempo, procura conciliar a organização do lar com a de fora dele.

Ama e odeia o chefe.

Ama e odeia o trabalho.

Sabe que ele dá a independência para ser a moça que quiser, mas também tira o tempo de ser a moça que queria ser.

Metade dela sofre o descarte para a outra parte florescer.

Adora elogios.

Odeia galanteios.

Adora presentes.

Detesta insistentes.

Quer ser cortejada.

Jamais abusada.

Sorri quando assopram um elogio. Fecha a cara quando ultrapassam o limite da sua intimidade. Preserva a privacidade.

Algumas querem ser chefe. Chefiar garotos de São Paulo. O que só dispara seu conflito maior, o de agregar. Terá que dar ordens, broncas, demitir, exigir, estipular metas, cobrar eficiência. E depois sozinha em casa chora no escuro ao som de Billie Holiday. Se sente pressionada, e ela não sabe por quê. A vida não faz sentido, e ela não sabe por quê.

Chora em comerciais da TV, cerimônias de casamento, em maternidades, quando visita as amigas, no farol, quando uma criança vende bala.

A garota de São Paulo dirige bem. O problema é que se maquia enquanto fala no celular e ultrapassa um busão articulado, aproveitando a brecha entre ele e uma betoneira lotada de concreto. E se esconde no anonimato do insufilm, muda a música do MP3 e, dependendo dela, canta sozinha em voz alta, para não ouvir impropérios.

Faz tanta coisa ao mesmo tempo…

Dirige bem, mas é dispersa. Pensa em vinte coisas em dez segundos. Nunca chega a uma conclusão.

Liga para a mãe semanalmente. Troca poucas palavras com o pai. Detesta a esposa do irmão. E ama as amigas. Com quem viaja para a praia, para não ficarem um segundo em silêncio. Se o tempo não dá chances, prefere uma tarde na piscina do condomínio com as amigas do que encarar o parque lotado.

Se irrita com homens que falam de dinheiro. Se irrita com homens que contam vantagens no trabalho. Se irrita com homens grudentos, esnobes, arrumadinhos, fúteis, incultos, mal educados.

Gosta de homem interessante.

É assim que ela seleciona: os interessantes e os não.

O que é um homem interessante?

Nem se gravar o papo de seis horas na piscina com as amigas consegue-se descobrir.

Tem que ser aquele que chega e não dá bola. Mas que a repara bem antes de ir embora. Que olha como se ela fosse a mais fosforescente das mulheres. E que desse um jeito a todo custo de trocar meia dúzia de palavras e, claro, criar laços e conexões.

Mas se nada der certo, garotos, não esquentem a cabeça. A mulher de São Paulo sabe seduzir. Sabe olhar e demonstrar. Sabe chamar atenção e indicar que você foi o escolhido. Sabe sorrir, ser paciente com a sua demora, ouvir atentamente os seus devaneios e engasgos. E, quando parece tudo estar perdido, sabe dizer a hora de ir embora, como e sugerir na casa de quem.

A garota de São Paulo não enrola.

Quando não quer, deixa claro.

Quando quer, faz de tudo para acontecer.

E não tem o menor pudor de ir para a casa com você na primeira noite, preparar o café da manhã da primeira manhã, que logo, logo, ambos saberão se vai se repetir ou ser o único.

Pode deixar. Andando de volta para casa, com suas meias pretas e botas, olhando para o chão, ela pensará em você.

Tudo isso é uma generalização literária. Mas me dá licença, poeta, para uma licença poética, homenageando sem pedir licença a graça pragmática da mulher paulista.

Infelizmente não sei quem é o autor.

sábado, 13 de agosto de 2011

Viver e vivendo...


Vivi até aqui cada minuto da minha vida muito intensamente.

Feliz, triste, sozinha, com a família, com amigos, com alguém especial... as vezes nem tão especial...

Muitas vezes esse meu jeito não foi visto como a maneira mais coerente de levar a vida. Pode até ser, mas de uma maneira ou de outra, sempre teremos perdas e ganhos. E justamente por isso, apenas escolhi o que nos prós e contras valia mais a pena.

O mais importante é ser coerente consigo mesmo, por isso agora que tenho um pouco mais de consciência de como sou decido continuar a viver muito o meu presente! Adorei tudo o que vivi até hoje e como vivi... o que me faz sentir satisfação, sem "gosto de quero mais", feliz com as recordações e não nostálgica com elas.

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada."
Clarice Lispector

terça-feira, 28 de junho de 2011

quarta-feira, 1 de junho de 2011

adoro...


Adoro toda a loucura sentida
Adoro todo olhar sedutor
Adoro todas as possibilidades não possíveis
Todas as vontades que talvez não serão vividas.

Adoro viver e sonhar
Querer mesmo sem a certeza que vou ter
Adoro a adrenalina e a vida que isso me dá...
Não importa o resultado final,
mas o momento, a sensação, o poder, o querer e até o não ter.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

apego...













"Sou um animal sentimental, me apego facilmente ao que desperta o meu desejo...Conseguí meu equilíbrio cortejando a insanidade..."
Renato Russo

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Te quero, não te quero, te quero, não te quero...


Achei um daqueles post-its no meu celular de mais ou menos um mês atrás que dizia:

“Preciso escrever.

A vontade vem tão grande que quase não cabe em mim.

Estou na praia e depois de uma manhã linda com meu novo amor choveu muito! Estávamos na praia com sol e então veio a chuva... tipicamente paulista.

O hotel pé na areia com sua piscina não me dava outra opção senão a de aproveitar o que de melhor isso te proporciona: tomar chuva na piscina enquanto você olha o mar, cinza, bravo e lindo.

Começo um novo momento em minha vida?? Começa um novo amor?

Sou capaz de apostar que sim.

Me divirto e estou feliz... aqui... com ele.”

Hoje esta história não existe mais... terminou uma ou duas semanas depois deste final de semana.

O fato de nem me perguntar o porquê ter acabado, me fez pensar se simplesmente não me apaixono mais. Ou melhor, eu me apaixono sim, mas quando estou vivendo o momento. Só naquele momento.

Não ligo para ninguém... não me importa ninguém... não me apego a ninguém.

Nunca fui assim, o que acontece comigo?

Na verdade também não me importa. Estou me divertindo, saindo, dando risada e aproveitando o momento...

Como será amanhã?

saudade...

Saudade daqui...
Saudade daquilo que ainda não vivi...